"Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele." (Jo 3.36)
Certa tarde de muito calor, o torno mecânico em que eu trabalhava estava em manutenção e o mecânico dentro da máquina gritou: "Aqui está muito quente, meu!" Respondi: "Isso não é nada, comparado com a temperatura lá do inferno". O colega saiu de lá todo suado, começou a rir e aí rimos muito juntos - mas senti pelo olhar dele que depois da gargalhada ele ficou preocupado: percebi que essas palavras o impressionaram. "O inferno existe", acrescentei ainda. Não sei como é, mas Jesus fala do fogo dele (Mt 18.9), e eu de modo nenhum quero passar minha eternidade lá, tal como descreve essa parábola contada por Jesus e que você acabou de ler. As parábolas são histórias em que Jesus nos ensina alguma verdade importante. Esta aqui mostra a realidade do tormento no inferno e é um alerta para nós, porque revela que haverá um momento em que será tarde demais para um arrependimento. Mas por que, afinal, aquele homem foi parar lá? À primeira vista até parece que ele é punido por ter vivido bem aqui, mas o final da história deixa claro que o seu erro foi resumir sua vida aos prazeres que a riqueza lhe possibilitava - e isso de nada serviu para a vida eterna. É o que Abraão diz: o indivíduo investiu tudo que tinha e podia em valores passageiros, dos quais não sobrou nada, a não ser o sofrimento de uma eternidade longe de Deus. Por isso a recomendação aos seus irmãos é vital: "ouvir Moisés e os profetas", ou seja, dar atenção àquilo que Deus nos diz em sua Palavra, a Bíblia, e agir de acordo. Para nós isso pode ser resumido pelo versículo em destaque acima, lembrando que o "Filho" de que se fala ali é o filho de Deus, Jesus, que nos trouxe essa parábola do rico e do Lázaro.
(texto de Elias Torres da Silva, São Bernardo do Campo, SP)
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