Deus usa o
sofrimento e as provações para nos disciplinar.
Jesus disse, em
Apocalipse 3:19: "A quantos eu amo repreendo e castigo."
Deus tem o Seu plano
divino para moldar nossas vidas e esse plano muitas vezes inclui o sofrimento. O
fogo do castigo purifica nossas vidas e aprofunda nosso espírito.
Se o Salvador
alcançou "a perfeição pelos sofrimentos" (Hebreus 2:10), como podemos
esperar fugir?
Você já pensou que o
aço é ferro mais fogo, que o solo é rocha mais a força da corrosão do tempo e
que o linho é fibra mais o pente que separa e o mangual que soca e o tear que
tece?
Quando falo em
sofrimento, que inclui todos os elementos de dor e angústia conhecidos do homem,
não apenas dor física, não sou diferente de vocês. Gostaria de levar uma vida
livre de problemas, livre de dores, livre de severa disciplina pessoal, mas tive
tantas pressões na minha vida que houve horas em que também tive vontade de
"sumir" – ou estive tentado a pedir ao Senhor que me levasse para o céu.
Como escreveu C.S.
Lewis, em The Problem of Pain (pág. 93): "Vocês querem saber como me comporto
quando sinto dor, não apenas quando estou escrevendo a respeito. Pois não
precisam adivinhar, eu mesmo vou contar: sou um grande covarde... Mas, de que
vale falar-lhes de meus sentimentos? Vocês já os conhecem, pois são os mesmos
que os seus. Não estou discutindo que a dor não seja dolorosa. A dor
dói.
Se Deus
nos ama tanto, por que permite coisas como o câncer, tumores, ou inúmeras
moléstias e doenças?
Muitas vezes somos
tentados a perguntar: por quê?
Havia pessoas "que
pela fé venceram reinos, praticaram justiça, alcançaram as promessas, taparam as
bocas dos leões, extinguiram a violência do fogo, evitaram o fio da espada, de
fracos tornaram-se fortes, fizeram-se poderosos na guerra, puseram em fuga os
exércitos estrangeiros. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos."
(Hebreus 11:33-35)
Mas espere. Será que
todos aqueles fiéis de antanho escaparam às provações?
Não. No meio do 35º
versículo, ocorre uma mudança dramática e drástica. Diz ele: "Uns foram
torturados, não aceitando o seu livramento para melhor ressurreição, e outros
experimentaram escárnios, açoites e ainda grilhões e prisão; eles foram
apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; eles andaram
errantes, vestidos de peles de ovelhas e cabras, necessitados, aflitos,
maltratados, uns homens (de quem o mundo não era digno) errantes nos desertos,
nos montes, nas covas e nas cavernas da terra." (vv. 35.38, grifo do
autor)
Alguns foram salvos,
outros não foram salvos, segundo a "vontade e o plano de Deus". Temos aqui a
Sociedade Divina da "Medalha de Ouro". Por que esses outros não foram salvos?
Os dois últimos
versículos de Hebreus explicam: "Todos estes, tendo alcançado bom testemunho
pela sua fé, contudo não alcançaram a promessa, tendo Deus provido alguma coisa
melhor no tocante a nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados (ou
seja, antes que pudéssemos nos reunir a eles)." (vv. 39,40)
Em outras palavras, a
Escritura diz que Deus tem algo melhor para eles. A Santa Escritura indica que
as recompensas deles poderão até ser maiores na vida futura, pois, na época em
que sofreram, ainda não havia nenhuma promessa para recompensá-los. Acreditaram
e confiaram mesmo sem terem sido salvos.
Temos que nos dar
conta de que, quando Deus permite que tais coisas aconteçam, existe um motivo
que acabara sendo do conhecimento do indivíduo – mais provavelmente só quando
formos para o céu.
.
Extraído do Livro: A
SEGUNDA VINDA DE CRISTO de autoria de Billy Graham
Adaptado por Litrazini
Graça e
Paz
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